A volta

O ethos da felicidade simulada.
- Ninguém é feliz de verdade. As pessoas têm momentos felizes. Ou falseiam uma felicidade que gostariam de ter como forma de enganar aos demais e a elas mesmas.
- E o que me faz feliz no momento é isso. Enquanto várias outras tristezas estejam encurralando essa breve felicidade interna.

Cabeça vazia...

Férias é um bom tempo pra voltar a fazer o que você não faz mais há algum tempo. Coisa do tipo voltar a escrever o que vem à cabeça. Minha cabeça andava tão cheia de coisas. Não tinha tempo pra pensar em nada. Agora minha cabeça ficou totalmente vazia. E eu tenho tempo pra pensar em tudo. E eu estou começando a descobrir que quase tudo em que eu penso me atordoa, me confunde, me entristece, me lastima. Pouca coisa me motiva. Quem dera a vida tivesse um roteiro como num seriado norte-americano ou numa novela das oito. Eu talvez não fosse o personagem principal nem o vilão, portanto teria um final simples, mas feliz. Eu queria ser um samba, desses em que a tristeza é bela, em que se sofre por amor, mas um sofrimento bom. Eu passei muito tempo querendo férias. Mas eu acho que não aguento ficar tanto tempo sem preocupações externas. Eu não quero saber de mim. Eu quero saber o que eu posso fazer além de mim. Eu gosto de ficar sozinho, mas não gosto da solidão. Eu gosto de me preocupar com nada, mas não gosto de me preocupar comigo. Eu quero férias de mim mesmo e dos meus pensamentos.

À sombra de uma árvore vem uma idéia à cabeça vazia
E a idéia é a própria sombra
O silêncio e uma Música
E a Música acaba
Mas há Assobios de pássaros, agora.
Não caibo de todo na sombra,
Transbordante corpo que sou também não me rendo por inteiro à luz do sol.
Folha seca sobre o chão.
Folha viva sobre mim.
Nada mais me vem à cabeça
E ainda são 10:45

" Que máquina estranha é o homem. Você o abastece com pão, vinho, peixe e rabanetes e o que sai são suspiros, risadas e sonhos."

Nikos Kazantzakis (1883-1857)

Beatles

Today I'm felling like Lucy... Lucy in the sky with diamonds.

velhas tardes de sábado

Ai, aquelas velhas tardes de sábado. Não lembro bem do poema em que ouvi isso, nem quem o escreveu, mas aqui estou eu numa daquelas velhas tardes de sábado. Sem pensamentos na cabeça, sem sonhos no coração, talvez essa tarde de sábado não seja como a de todos os outros. Apenas escrevo para libertar o desejo da alma; forma de escapar da solidão, mesmo estando sozinho. Bobagens e mais bobagens saem de mim, apenas deixo minhas mãos rolarem pelas teclas, movidas não pela ação da mente, mas pelo apelo d'alma.

Senhoras e Senhores, apresento a vocês os devaneios de uma alma.

Vai ser difícil manter esse blog no nível de tantas outras páginas geniais que circulam pela net, mas, enfim, tomei coragem pra compartilhar meus pensamentos, em vez de apenas ler os pensamentos dos outros. Ainda não sei onde esse blog vai parar, mas espero que possam ler os escritos de nada, além da alma de mais um ser vivente.